A pesquisa é um processo de reflexão e críticas na busca de respostas para problemas ainda sem solução. O seu planejamento e execução compreendem parte de um processo sistematizado. Falando especificamente da pesquisa cientifica jurídica, para alguns autores é inapropriado o uso hipóteses testáveis e pesquisa empírica, pois o emprego de hipóteses na pesquisa jurídica oferece uma contraposição ao pensamento de alguns metodólogos e o uso do empirismo requer conhecimentos de outras ciências sócias, e a qualificação do pesquisador formado em direito não o habilitaria para tal pesquisa.
Essa atividade de pesquisa científica por parte do curso de direito, ainda é principiante, haja vista a limitação na produção cientifica das academias jurídicas que reduziram seu pensamento jurídico por causa de novas
exigências pragmáticas do novo regime constitucional de 1988, que mudou o cenário político, a economia e área social, questões que a ciência do direito deve propor soluções. A atualização cientifica deve ser constante, pois o direito é a ciência que estabelece normas e tenta alcançar a sociedade, mas como o comportamento humano guia a sociedade, esta estará sempre em constante transformação, e o direito sempre tentará acompanhar essas mudanças que irão ocorrer no seio social.
Um dos grandes entraves à pesquisa cientifica jurídica é o desestímulo, fazendo com que a faculdade contribua para a sociedade apenas para a formação de operadores do direito e não na formação e capacitação de juristas, pois é raro encontrar nas faculdades de direito o desenvolvimento de atividade de pesquisa e extensão. A prova dessa falta de qualidade no ensino jurídico no Brasil são os últimos resultados nas provas de Exame de Ordem da OAB, onde cerca de 90% dos inscritos são reprovados.
O que se cobra atualmente nas universidades é o formalismo do texto, a formatação e detalhes técnicos, ao invés de incentivar a produção de texto e pesquisas científicas, disponibilizando assim uma liberdade que permite aos pesquisadores se atenham ao mais importante, a produção de conhecimento.
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